quinta-feira, 28 de novembro de 2013

DOR



na fria noite lancei meu achego
querendo ao meu lado quem não me precisa
sou assim, entendo a dor

no brinde solitário com a indiferença
sinto a secura do momento
antes revestido de ternura

palavras e gestos descabidos de sentido
selam a fria noite agora vazia
de entendimento

acarreando o seu pesar
a quem não se digna a esse
trato frio que machuca

tristeza vivida no desprezo
de uma entrega sincera

não há mal maior
daquele que não absorve
enquanto pode
o valor de um afago

perdas desadormecem fragilidades
do tempo que nos resta
e necessito gritar a vida

extrair o máximo
de pessoas que me pertencem
pelo maior tempo possível

Não sei quando findo, pode ser amanhã
hoje...quem sabe?

e nessa espera
tutelado será quem guardo aqui dentro
dizimando na medida que posso
o sofrimento que lhe afeta

e quando não me fizer presente
na distância lanço de mim a volição
de que matinadas vividas nessa estreiteza no peito
passarão...

assim deseja quem ama!

Flavia D'Angelo

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