Ela sorria feito boba enquanto a toalha escorria por seu corpo ainda salpicado de ervas. Poderia até ser psicológico, mas sentia-se mais leve com a receita do banho usada para descarregar todo o ranço que carregava há tempos em sua pele.
Sempre acreditou no mundo de lá e nos seus protetores, independente da linha que fossem, o importante era protegê-la.
Viu-se bonita como há muito não fazia, olhando suas curvas, que não estavam tão mal assim. E mais uma vez prometia a si mesma nunca mais ser tocada por aquele que não soubesse conduzir tudo aquilo.
Na sua estrada só queria a via de sentido único, mesmo que o destino fosse incerto, mas sem retornos. Cansou de pegar caminhos e atalhos tortuosos e covardes e esperaria o momento certo para aceitar a carona que a vida lhe ofereceria.
Precisava disso, desse novo, desse todo que lhe faltava. Deixaria se levar pelo desconhecido que conheceria, entregar a direção e avistar no incerto o certo destino de sua vida. E no box deixava toda sua insegurança encravada por uma carona errada. Saiu do carro a tempo de não se perder mais uma vez. Sabia dirigir, e bem. Restando apenas programar melhor seu GPS, sem olhar pra trás...
Flavia D'Angelo
3 comentários:
C@r@lh# ......
Não sei dormir sentindo isso.
Linda e provocante passagem de mulher para MAIS mulher.
Sinto no ar um leve aroma de fêmea com um traço amadeirado e exitante.
Espelho! .... acima.
Ahhh espelho!!!! rs
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